Como autografar um ebook?

Uma das dúvidas do novo mercado de ebooks que assola escritores, editores e diagramadores é quanto à boa e velha noite de autógrafos, tão comum – e necessária – em qualquer lançamento. Pudera: tais eventos costumam proporcionar a maior vendagem da grande maioria dos livros vendidos pelas editoras.

Por isso, o inquieto Luiz Peazê inventou o autógrafo digital exclusivo do seu ebook “Alvídia – Um horizonte a mais”, celebrando os 15 anos de sua aventura pelos mares da Austrália e os 12 anos de lançamento do livro. A medida, deve-se dizer, foi facilitada por se tratar de um lançamento de sua própria editora, a Clínica Literária.

O livro foi lançado nos formatos ePub e Kindle, e o “autógrafo digital” funciona da seguinte maneira: todo leitor que adquirir a obra pelo site da editora ganha um ebook autografado, com a grafia do escritor devidamente escaneada nas páginas do livro digital. Simples assim, mas nem por isso, menos inovador. A experiência da Clínica Literária está ancorada no know how de seu fundador. Peazê, além de escritor, jornalista e tradutor com 30 anos de experiência, foi também programador e analista de sistemas nas décadas de 70/80.

Este, porém, é só um exemplo. Claro que as empresas de tecnologia, diante do crescente mercado de ebooks, já vasculham soluções para o dilema. Uma empresa de Tampa, nos Estados Unidos, criou o Autography, uma plataforma que permite ao autor assinar digitalmente uma página e enviar essa assinatura para o e-reader do leitor. Assim, o leitor pode guardá-lo como relíquia ou compartilha-lo nas redes sociais. O desafio, porém, é fazer com que a página autografada conste no próprio ebook.

Mas o leitor pode, por exemplo, posar com o autor para uma foto – que pode ser tirada com a própria câmera do iPad, por exemplo. Então com uma caneta stylus – dessas que escrevem num tablet touchscreen -, o autor rabisca uma mensagem digital, embaixo da foto. Através do Autography, a imagem é posteriormente enviada ao fã via e-mail com um link da imagem. Todo o processo dura no máximo dois minutos.

Outra alternativa é o iPen. Imagina uma sessão de autógrafos tradicional, com o escritor sentado numa mesa diante de uma fila de leitores, com seus livros debaixo do braço, aguardando sua vez de pegar o autógrafo. Agora imagine que, em vez dos livros impressos, os leitores estão com seus respectivos e-readers (iPad, Kindle e afins). O autor ou o leitor abre o eBook na página determinada e, com a iPen, escreve o autógrafo como num livro normal. Simples assim.

A dúvida é: diante dos leitores, digamos, modernos, vale mais um autógrafo ou uma prova concreta de que conheceu seu escritor preferido?

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Redação Dualpixel

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