Inovação tecnológica está mudando a Educação

Em nosso último post, começamos um assunto muito interessante sobre a interação entre a escola e a tecnologia, mais especificamente, os canais multimídias. Queremos ampliar mais essa discussão abordando nas próximas publicações as visões e experiências dos professores nas escolas, os incentivos do Governo, as mudanças nos padrões de ensino, os exemplos no exterior e muito mais.

Hoje, nosso objetivo é mostrar como alguns profissionais dessa área tão desafiante estão enxergando essa ‘inovação’ da tecnologia no ambiente escolar. Professores como a Raphaela Carvalho que trabalha no Rio de Janeiro e dá aulas para o quarto ano do Ensino Fundamental. Ela é uma daquelas que explora muitos sites, vídeos, músicas e utiliza a plataforma de aulas digitais da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, a Educopédia.

A Educopédia é uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. É uma plataforma de aulas digitais do município do Rio de Janeiro que pode ser acessado pelo Brasil inteiro com recursos educacionais que permitem que outros o copiem, usem, adaptem, ou recompartilhem seus conteúdos.

Voltando a Raphaela, ela acredita que a formação dos professores é fundamental para a confiança no manuseio e adequação dessas ferramentas na elaboração dos projetos. “Creio que os recursos multimídias e digitais podem ser aliados no planejamento escolar se utilizados significativamente para os alunos e, sobretudo, desenvolvidos colaborativamente pelos alunos”, afirma.

Outro professor que defende a inovação em tecnologia na Educação é José Carlos Antônio. Ele é físico, professor e consultor de EAD, TI e trabalha com o uso pedagógico das TICs há cerca de duas décadas. Para ele, deveríamos deixar de lado as atitudes e medidas retrógradas que tem como propósito apenas o retrocesso.

Somente para ilustrar o que acontece, ainda, em muitas escolas e que é um exemplo claro desse retrocesso na Educação que José Carlos cita, é a perseguição insana aos telefones celulares. “Os telefones celulares sequer existem mais! O que se tem hoje em dia são dispositivos móveis multimidiáticos e interconectados em rede que, além das 1001 utilidades que já possuem e que todos os dias são expandidos, também servem como telefones!”, desabafa.

Ainda, afirma que os alunos não deveriam carregar mochilas imensas, cheias de livros e cadernos que cabem tranquilamente em um smartphone ou em um mini tablet. Eles não precisam mais carregar agendas, relógios, calculadoras, dicionários ou mesmo lápis. Tudo isso já pode ser ‘embutido’ nos aparelhos atuais.

Segundo José Carlos, precisamos refletir sobre a polêmica de banir os mobiles das escolas com o pretexto de que eles atrapalham a educação. “De fato, eles atrapalham mesmo a Educação que temos hoje nas escolas, e isso é uma grande e inegável verdade, porém, também é uma grande vitória! Atrapalhar um sistema educacional falido e decadente é um ato de heroísmo entremeio a uma batalha épica entre o novo que está brotando e o ultrapassado que está definhando”.

Um case de sucesso

Falando agora sobre escolas privadas e nível superior, podemos considerar nesse quesito de inovação que a Universidade Estácio de Sá é um case de sucesso. Há cerca de dois anos, a instituição distribuiu tablets para seus estudantes, buscando integrar seu modelo de ensino à nova geração digital. No projeto piloto, foram fornecidos cerca de seis mil aparelhos para alunos do Espírito Santo (Direito), Rio de Janeiro e São Paulo (Hotelaria e Gastronomia).

Atualmente, 20 mil tablets já foram entregues aos alunos e a Estácio acaba de lançar a Didátic@, uma ferramenta de ensino que passa a ser disponibilizada para os alunos nos próximos dias e que levará as relações acadêmicas para o meio digital por meio de uma rede exclusiva de compartilhamento do estudo pessoal.

O principal objetivo da ferramenta é trazer mais dinâmica e eficiência ao estudo. Os conteúdos acadêmicos serão compartilhados entre milhares de alunos e professores da universidade em todo o país. Rogério Melzi, Presidente do Grupo Estácio ressaltou que “este será o ensino do futuro no Brasil, um modelo pautado pela inovação”.

Acreditamos que Rogério tem razão e é só uma questão de tempo para que essa inovação seja real em todas as escolas. Em breve, toda a Educação – do ensino básico ao superior – poderá desfrutar de todos os benefícios que os recursos multimídias oferecem. O futuro já chegou!­

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