Será que a venda de ebooks usados seria uma boa ideia? Você compraria um livro digital de segunda mão? Se pensarmos que conteúdo digital não tem data de validade e que bits não estragam com o tempo, o mercado de ebooks usados pode prosperar.
A Apple e a Amazon acreditam nisso, pois as duas empresas já registraram recentemente seus pedidos de patentes para começar a revenda de ebooks, músicas e outros tipos de conteúdos. Elas querem transformar as plataformas digitais em famosos sebos em que estes arquivos sejam reciclados e transmitidos entre as pessoas.
Porém, as duas enfrentam sérias críticas dos autores que acreditam na queda da venda de conteúdos novos, pois o preço da revenda de arquivos digitais de segunda mão é bem menor. Já os utilizadores estão adorando a ideia, pois ao contrário dos livros tradicionais, os livros digitais não estão sujeitos a desgastes físicos.
Não dá para afirmar quem vai se beneficiar com essa briga. A polêmica em torno do assunto, ainda, está sendo discutida na Justiça que, hoje, entende que não é crime um usuário vender o que ele mesmo comprou. O que está em questão é se isso, também, vai valer para conteúdos digitais.
No caso da Amazon, ela vai permitir que proprietários de livros adquiridos na sua plataforma possam revendê-los apenas uma vez. O modelo de operação da tecnologia baseia-se na cópia de um dispositivo para outro e extinção do primeiro.
Será que um dia vamos ver sebos online de ebooks usados? Bem, a controvérsia está lançada e já foi colocada em causa a possibilidade de se realizar. As duas gigantes do mercado citadas acima só dependem agora de uma decisão judicial que deve se tornar jurisprudência para outros casos e possibilitar a formação de um novo mercado.
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