O jornalista do The Washington Post, Vivek Wadhwa, publicou na última semana do mês de dezembro de 2013 uma matéria falando sobre o quanto o ano passado fechou com chave de ouro no segmento de tecnologia.
Vivek cita sobre o iPhone 5S e Google Glass que fizeram uma grande história tecnológica e o Twitter IPO que foi o evento do ano. “A cobertura Glass teve foco principalmente em suas implicações de privacidade e não na sua capacidade de mudar o mundo. Já o iPhone e o Twitter foram apenas mais do mesmo”. Se olharmos somente para esses poucos eventos, poderíamos terminar o ano desapontados porque nada dramático parece ter acontecido em frente a tecnologia. Mas, o jornalista nos convida a olharmos novamente e fixarmos nossa atenção nas histórias que perdemos. “Tanta coisa aconteceu, de fato, que temos que ampliar o cenário para a transformação das indústrias inteiras”.
As vendas dos tablets continuaram a aumentar e ofuscaram os PCs e desktops. O iPad mini, que a princípio parecia ser uma decepção, foi um grande sucesso. Com a disponibilidade do mercado indiano haverá uma maior pressão para a queda de valores. Para Vivek, não vai demorar muito para que a Amazon ofereça tablets para a inscrição de novos usuários na Amazon Prime. Isso vai significar um desastre para empresas de informática da linha antiga, como a Dell, Acer e Microsoft.
A tecnologia está melhorando a saúde. Dispositivos auto quantificados como Fitbit e Nike Fuelband estão se tornando amplamente disponíveis. Você até pode vê-los nas prateleiras das lojas da Apple. As empresas estão executando concursos usando esses dispositivos para incentivar os funcionários a fazerem mais exercícios. Os smartphones extras, como o monitor cardíaco AliveCor, estão sendo prescritos por médicos. Curiosamente, a Apple patenteou recentemente um sensor monitor cardíaco para o iPhone. Nossos smartphones serão nossos consultores médicos de primeira linha. Segundo o jornalista, “quem sabe um dia eles nos repreendam para fazermos mais exercícios, bebermos menos álcool e acompanharmos a nossa ingestão de calorias. Eles vão nos dizer quando estivermos prestes a ficar doentes e quais os medicamentos a tomar, só voltaremos aos nossos médicos para nos refugiar”.
Vivek ainda fala também sobre os robôs. “Há muito tempo estamos esperando por robôs, como a dona de casa do desenho animado Os Jetsons. Smartphones como o iPhone 5S agora tem mais poder de computação do que os supercomputadores de outrora, que se encaixavam em grandes edifícios e necessitavam de resfriamento de água. Com o encolhimento de computadores e sensores e suas quedas dramáticas nos preços, podemos agora construir os robôs que sonhamos”.
É digno de nota que o Google acabou de comprar a Boston Dynamics, desenvolvedor de robótica, bem como sete outros. Com seu carro de autocondução e estas aquisições, parece que o Google vê robôs como um grande negócio. A Amazon também está instalando robôs feitos pelo Kiva Systems para mover caixas em seus armazéns. O fundador da Amazon, Jeff Bezos disse que a Amazon planeja usar drones para entregar as mercadorias.
Quer percebamos ou não, a revolução robótica está em andamento. Os robôs tem avançado ao ponto que, para alguns tipos de bens, é mais barato para a fabricação nos Estados Unidos do que na China. O robô Baxter da Rethink Robotics, por exemplo, tem dois braços, um rosto que mostra emoção simulada e câmeras e sensores que detectam o movimento dos seres humanos que trabalham ao seu lado. Ele pode realizar a montagem e mover as caixas, assim como os humanos. Ele vai trabalhar 24 horas por dia e não reclamar e custa apenas US $ 22.000.
Mesmo com todos esses avanços, Vivek alerta para uma má notícia: “ainda temos mais alguns anos de decepção antes de nos maravilharmos com todos esses avanços. A base de uma curva exponencial é plana. Quando se vira para cima, os desenvolvimentos dramáticos acontecem, mas por muito tempo nada parece mudar. Este é o lugar onde nós estamos com a robótica, sensores, inteligência artificial, a biologia sintética, a impressão 3D e a medicina – todos são tecnologias exponenciais”.
Mas isso é normal, no entanto, ele lembra que ficamos desapontados, também, quando os telefones celulares saíram pela primeira vez: “eles eram grandes, caros e desajeitados. Durante muitos anos, estes foram feitos apenas para os ricos – um símbolo de riqueza e poder. Hoje, há cerca de um bilhão de celulares em uso na Índia e na China. Quase todo mundo tem um”.
Com os computadores foi a mesma coisa. Em 1977, o presidente da Digital Equipment Corp, Ken Olsen, disse a famosa frase “não há nenhuma razão para qualquer indivíduo ter um computador em sua casa”. Os primeiros computadores pessoais eram apenas para geeks e nerds. Em seguida, eles foram para os ricos. Apenas, duas décadas atrás começamos a questionar a sua utilidade e produtividade. Agora, eles estão transformando indústrias e podemos comprar um tablet por U$ 37,99.
Hoje, estamos ainda desapontados com a energia solar e carros elétricos. A boa notícia é que esta decepção em breve se transformará em admiração também. Segundo Vivek, ele mora em uma casa solar e dirige um carro elétrico Tesla. “Eu afirmo que é uma nave espacial que viaja em terra e, por isso, posso garantir que é o presente”. Esperamos que o jornalista tenha razão!
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