A interatividade entre leitores e autores de ebook

Com tanta interatividade por aí, não seriam logo os ebooks que ficariam fora dessa. E a expectativa é de que elevem (ainda mais) o nível de proximidade entre leitores e autores.

Muito se diz que, hoje em dia, não existe mais o escritor que fica enfurnado em sua redoma escrevendo seus livros. Pelo menos tendo como exemplo a grande maioria dos autores de sucesso, há de se gastar muito suor interagindo com leitores, seja por e-mail ou nas redes sociais da vida, participando de palestras, enfim, pondo mesmo a cara a tapa. E o público sinaliza que gostou e aprovou o novo método, como demonstra o sucesso de feiras literárias como a Flip em Paraty, cujo maior mérito é, justamente, aproximar as duas principais vertentes da cadeia produtiva do livro.

Aos poucos, os ebooks vão se aproveitando dessa máxima. E o maior exemplo (até agora) é o WeJIT, uma nova tecnologia que permite aos leitores interagirem em tempo real, tanto com o autor como com outros leitores, dentro do próprio software de leitura. É a chamada “leitura social”, que vem agitando o já agitado mercado de ebooks.

Lançada em 20 de agosto pelas empresas Democrasoft e VOOK, a nova tecnologia foi testada no livro “11 Days in May”, de JD Messinger. O próprio autor criou cerca de 40 pontos de discussão em tópicos específicos do ebook. Assim, os leitores trocam informações e considerações sobre cada trecho do livro, compondo uma espécie de clube de leitura instantâneo – e com a participação do criador da obra. Cada tópico é gerado dentro do próprio livro, que se torna uma URL independente, formando assim um grande fórum de discussão que pode ser acessado e editado por todo mundo. Veja abaixo um trailler do livro:

Há várias outras ideias semelhantes internet afora. A própria Amazon oferece um recurso parecido em seu Kindle: nele é possível ver anotações públicas de outros leitores à respeito de determinada obra. Já o @author, também da Amazon, surge com o objetivo justamente de aproximar os escritores dos leitores, que podem postar perguntas a partir do ereader na própria página do autor. Outra ideia semelhante é o Readmil, famoso aplicativo de leitura que compartilha o que você está lendo com outras pessoas na web. A diferença, porém, é que o WeJIT deixa as anotações nas margens do ebook, como nos livros impressos “de antigamente”.

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Redação Dualpixel

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