Um relatório divulgado pelo Book Industry Study Group (BISG) concluiu que 80% dos editores digitais acreditam que a assinatura de ebooks é inevitável e já se tornou uma parte importante do negócio editorial. O lançamento do serviço de assinatura da Amazon, o Kindle ilimitado, parece colaborar para esta conclusão.
Comerciantes, educadores e profissionais em geral que foram entrevistados para o relatório BISG tinham diferentes pontos de vista sobre os vários modelos com maior probabilidade de tomar posse desse novo e revolucionário negócio. Há uma crença generalizada de que as assinaturas já estão desempenhando papéis de expansão em cada um desses setores, e que essa tendência continuará dramaticamente subindo. Entre as editoras comerciais, apenas 7% dos entrevistados disseram que os serviços de assinatura contribuem significativamente para a sua receita global de hoje, mas 59% esperam que isso mude nos próximos cinco anos.
Mas esses pontos de vista diferentes tem um motivo. Nenhum relatório ainda respondeu perguntas simples, como por exemplo, quais serviços de assinatura ebook vão remodelar a indústria, quantos autores e editores irão se apropriar dele, e principalmente, se terão leitores/compradores?
O relatório BISG admite que a degradação potencial dos mercados de alto valor é uma grande preocupação em torno do aumento das assinaturas de ebooks. Porém, o relatório indica uma crença predominante entre as diversas partes interessadas no ecossistema de publicação que os benefícios superarão os custos.
A nova receita dos mercados emergentes alcançados por assinaturas de ebooks promete oferecer algum alívio para as editoras que lutam com a queda das vendas de publicações impressas. Mas, por um lado, temos a degradação dos preços e, por outro lado, temos as receitas de novos modelos de subscrição.
É inevitável procurar padrões em outras formas de mídia, onde os serviços de assinatura tomaram conta, como o relatório BISG faz, mas as pessoas que publicam muitas vezes são rápidas e diretas para apontar que os livros são únicos porque, entre outras razões, eles são consumidos de uma forma fundamentalmente diferente de música, televisão e filmes.
De acordo com o Bureau of Labor Statistics, a quantidade de tempo que os americanos gastam assistindo televisão e filme está longe de superar a quantidade de tempo que passam lendo. Faz sentido ter um serviço que permite que você escolha quando e o que quer assistir. Mas, o mesmo não necessariamente serve para a leitura.
Entretanto, alguns dos últimos dados dos mercados nos Estados Unidos e Reino Unido sugerem que as receitas de impressão e ebooks estão aumentando. As editoras e autores podem ter grande sucesso se continuarem a conquistar os leitores pagando cada vez que consumirem um conteúdo. Mas, esse mesmo modelo de negócio tem sido abalado para jornais, revistas e música. Já as TVs e filmes continuam sofrendo com a pirataria generalizada.
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