Black Friday levanta as vendas de tablets

As TVs estão com os dias contados? É o que parece, de acordo com um artigo publicado pelo Hollywood Reporter a partir do movimento das lojas do Black Friday, na última sexta-feira, feirão do comércio norte-americano que só perde em volume de vendas para o último fim de semana de Natal.

O saudável alerta foi dado pela Consumer Electronics Association, entidade norte-americana que acompanha o setor de tecnologia. Tablets e smatphones foram os equipamentos com maior volume de vendas no fim de semana do Black Friday, sendo o alvo preferencia de 47% dos consumidores. Desse total, 26% comparam um smartphone, e 22% optaram por um tablet.

Caso a tendência se mantenha – e tudo indica que isso acontecerá -, os novos gadgets se tornarão a “tela preferida” do consumidor, superando as televisões. Levando em consideração que cerca de 31% das casas norte-americanas já têm um tablet, Shawn DuBravac, economista da Consumer Electronics, acredita que até o início de 2013 metade dos lares contará com um tablet.

O melhor é que, ainda segundo Shawn, isso pode afetar a forma como os consumidores consomem conteúdo. O que vem exatamente ao encontro do desenvolvimento de aplicativos e afins, em profusão nos últimos tempos.

E nessa seara, o campo educacional é o terreno mais fértil, segundo outra reportagem publicada MIT Technology Review. Nela o analista da empresa de pesquisa IDC, Tom Mainelli, acredita que, ainda nesta década, todos os alunos dos Estados Unidos contarão com um tablet. Só neste ano, foram comprados nos EUA 177 milhões de tablets (números anteriores ao Black Friday), sendo 11 milhões por empresas ou agências do governo.

Daí para essa tendência chegar ao Brasil, como de hábito, é um pulo. Visão esta estimulada na chega de gigantes do setor. A Apple já desembarcou por aqui, e a Amazon, comenta-se, chega antes do Natal. Ao menos contrato com a DLD (Distribuidora de Livros Digitais) ela já tem, segundo matéria do Valor Econômico.

A expectativa é de que o ebook agite as vendas de livros que, no mercado editorial convencional, não tinham chance – em especial, ensaios e grandes reportagens. O jornalista Arthur Dapieve comenta que o “instant book” – com matérias de temas de destaque no noticiário – nunca deu certo no Brasil, situação que pode se reverter agora. São textos maiores, mais detalhados, que vem ao encontro do Jornalismo Literário, tendência crescente no jornalismo de revista.

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