De volta às origens

Neste último domingo foi divulgado pelo site WSJ.com que o Presidente do Conselho Administrativo e maior acionista da Barnes & Noble, Leonard Riggio, resolveu investir no ‘velho’ negócio de vendas de livros, confirmando que planeja fazer uma oferta para comprar os ativos de varejo da companhia.

Se isso realmente acontecer, a empresa separaria as suas 689 livrarias da unidade Nook Media, que inclui a marca Nook de tablets e leitores de e-books, além dos próprios livros digitais e a rede de livrarias universitárias.

Essa volta às origens pode ser por conta das vendas de fim de ano dos aparelhos Nook que caíram. Segundo a própria empresa, no início deste mês, a empresa informou que o prejuízo da unidade Nook no ano fiscal de 2013, incluindo aparelhos e livros digitais, seria maior que o previsto.

Há três anos, quando o próprio Riggio apresentou o atual diretor-presidente, William Lynch, um veterano da tecnologia, ele disse que a maior rede de livrarias dos Estados Unidos precisava ser mais que uma varejista de livros.

Tudo indica que Riggio esperava que Lynch pudesse ajudar a Barnes & Noble a desenvolver seu próprio leitor de livros eletrônicos para concorrer com aparelhos como o Kindle da Amazon. Porém, apenas nos primeiros anos, o Nook conquistou uma fatia considerável – em torno de 25% – do mercado de livros digitais, já ano passado as vendas despencaram por consequência do aumento da concorrência no setor.

Lynch manteve distância do negócio tradicional. O que alguns ex-funcionários alegam é que ele dedicou quase todo o seu tempo ao negócio digital, apesar de ser o diretor-presidente da empresa inteira. No entanto, ele nunca ocupou os escritórios da sede da Barnes & Noble no centro de Nova York e preferiu trabalhar nos bairros onde as empresas de tecnologia estão localizadas.

Pelo visto isso não deu muito certo, pois embora menos glamourosas que a mídia digital, as livrarias físicas continuam gerando muito dinheiro e talvez por isso, Riggio decidiu voltar as suas origens.

Alguns profissionais da área editorial acreditam que o negócio de livros ainda é majoritário nas livrarias. Outros dizem  que os lucros das livrarias sofrerão uma pequena queda nos próximos anos, mas que o impacto da unidade digital pode estar chegando ao seu pico. Nossa única alternativa é aguardar para ver como o mercado vai se comportar daqui para frente.

 

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